À Musa

Porque não me vens quando te chamo?

Não queres mais me segurar a mão?

Pensas que já não te quero ou te amo?

Acreditas que, por acaso, prefiro a solidão?

Espero-te, mesmo quando não te clamo,

Sendo, por vezes, isso uma mera ilusão!

Persigo-te, assim, quando o peito inflamo,

E rogo sempre: Vem, tão amada, inspiração!