RIMA POBRE EMPARELHADA

REPELINDO ALMA PENADA

Por que sinto seus temores?

E até sofro as suas dores?

Quero esquecer sua passagem

Dissipar de vez a sua imagem

Desconhecer sua existência

Sequer notar sua ausência

E apagar da memória

Essa infeliz história.

Vai! Sai!

Desaparece!

Vê se me esquece!

Toda essa insensatez

Ratifica sua estupidez.

E bem pior que o cinismo

É esse seu masoquismo.

Alimentar-se de dor

É caso de desamor.

Preferir não se amar

Nem mesmo se respeitar

Autoestima decadente

Que coisa mais deprimente!

Lastimável e dolorosa

Vida triste e enganosa.

E com espírito tão pobre

Nada lhe resta de nobre

Que possa justificar

Razão de ser ou estar.

Então é melhor que suma

Você não passa de espuma

Desmanchando-se ao vento

Sem causar qualquer lamento.

Nada mais é que um fantasma

Ou tão-somente um miasma...

Colabore! Evapore!...

Até que enfim já sumiu.

E por acaso existiu?

Jandira Lucena
Enviado por Jandira Lucena em 20/09/2011
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