A rosa.
Na terra fértil da alma antiga ela iniciou o plantio.
Sementes foram jogadas a esmo,
pois que no germinar feliz não acreditava...
A vida célere demais era,
mas suas plantas cresciam como a respiração dos anjos...
Dia de sol, entardecer colorido,
novas manhãs, eis que o Natal chega barulhento,
corre, pois que o ano já inicia com foguetes e festa,
e já é páscoa, chocolates, feriadão,
Fim de ano, que fez da vida?
Onde seus planos, seus sonhos, seus desenganos?
Felicidade ainda cabia nos espaços mentais
preservados no pouco tempo que tinha
para...
Semear, sorrir, rezar, plantar, amar...
Fatigada, resolveu parar.
Olharia o plantio desregrado e imaturo.
Surpresa e emocionada, colheu
entre os restos de mágoas e desesperanças,
a mais linda rosa que a natureza concebeu.
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