Cartas na mesa

Venho por meio desta,

escrever a vossa senhoria,

que por meio de pompas fala aos quatro ventos,

como se os postes atentassem aos holofotes

Uma petição, sim, por que não?

Que corresponde à salutar voz da razão,

esta, que falta deixar a par também vossa emoção,

por palavras que desferes com decoro, mas sem coro.

Não entendo eu razão

para tamanha impostação

para que transformar um mínimo holofote

em um destemperado tema por sua glote?

Assim, me dirijo com palavras balisadas,

mas nada, nada, calibradas

que não mais posso aquiescer às suas palavras

sem uma revolta dos ouvidos, da mente, e um humilde pedido de sanidade por parte de minha mente e meu peito

Ao coração, peço que me perdoe,

pois lhe sou mais que estimado

lhe sou apaixonado

e nao mais lhe quero contrariado

Assim, que mais digo senão que bata com orgulho,

pois de pouco vale palavras rebuscadas e impostadas,

se não lhes compreendem acalentar o espírito,

e por isso não me compete bater, mas sim escutar

não a voz sem noção.

mas sim

a voz do coração.

Wade
Enviado por Wade em 19/09/2011
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