Cartas na mesa
Venho por meio desta,
escrever a vossa senhoria,
que por meio de pompas fala aos quatro ventos,
como se os postes atentassem aos holofotes
Uma petição, sim, por que não?
Que corresponde à salutar voz da razão,
esta, que falta deixar a par também vossa emoção,
por palavras que desferes com decoro, mas sem coro.
Não entendo eu razão
para tamanha impostação
para que transformar um mínimo holofote
em um destemperado tema por sua glote?
Assim, me dirijo com palavras balisadas,
mas nada, nada, calibradas
que não mais posso aquiescer às suas palavras
sem uma revolta dos ouvidos, da mente, e um humilde pedido de sanidade por parte de minha mente e meu peito
Ao coração, peço que me perdoe,
pois lhe sou mais que estimado
lhe sou apaixonado
e nao mais lhe quero contrariado
Assim, que mais digo senão que bata com orgulho,
pois de pouco vale palavras rebuscadas e impostadas,
se não lhes compreendem acalentar o espírito,
e por isso não me compete bater, mas sim escutar
não a voz sem noção.
mas sim
a voz do coração.