Sarcasmo
emoções
ofensas que marcam
quero lavar o corpo
a macula sofrida
sopros selvagens de vômitos
varrer da memória os restos daquela máscara
arrancar da boca aquele desdém
aquele estupro na alma
arrotar
cuspir todo aquele asco sarcástico
incrustado
fedido
jogando poeira no tempo
esculpindo na pele
imagens doloridas
verdadeiras facadas
ao som de gargalhadas arreganhadas
tremo até o útero
atinjo o inferno
escarro as entranhas
lavo a alma
JF/10/5/2001 - 3:56h