RUMO AO SUL
Tudo disposto
na passarela;
nada que aborte.
Sai do recosto
o pau da cancela:
trem silva forte!
Ergue o rosto,
beijos sela,
toma o porte.
Tem bom gosto,
vê-se bela
em fino corte.
Deita o encosto
cor amarela,
friso e suporte.
Carvão reposto,
freio desatrela;
roda gira a sorte.
Destino proposto,
algo lhe espera?
Crê no aporte.
Trilho oposto,
vagão com vitela;
gado de corte.
Quer tira-gosto
do bar, à janela;
a bordo, dá sorte!
Chega ao posto;
outra é ela:
"É de morte!"
Prova o mosto;
gosta! E revela:
"Venho do norte."