Avistando o Velho Lua
Alas que em sonhos vi o velho Lua!
Ele habita minha morada,
Com seu chapelão a reluzir uma Luz Ardente!
Veio escancarando Janelas, suspendendos os Sóis,
Se enveredando nos Poentes,
Na boniteza dos Sertões,
Com Sete Acordes luzindo,
Nas profundas dos Matulões.
Lá, lá onde o sertanejo festeja o Milho –
Lá onde o Sol castiga, inclemente, seu filho –
E o pobre divide seu Pão.
Eu vi o Velho Lua se enveredando
Se alargando
Como se fosse o São Francisco
Dando de beber
Aos seus
A sua alumiada Criação: seu Forró, seu Baião.
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