Desencanta
Vivo...
Com o espírito ferido
a espera da morte.
A espera da única justiça infalível
que chega.
não é a sorte.
Vivo...
Com os olhos molhados
empapuçados,
caidos no chão
escutando meu passado
grito e digo: compaixão
que a vida é como um bumerangue
nos veremos um outro dia
numa outra estação
porque o
verão tardio
nos encanta
depois nos traz decepção
Desencanta