Ao ventre regressamos

Desperto.

Abro a janela.

Vejo o mundo

saio para caminhar

constato:

tudo tem um inicio

mas irá finalizar

Será um fim como

aqueles que dizemos sem pestanejar:

de pó ao pó.

Vivendo com razão

seremos todos iguais

brancos ou não

voltaremos.

Já que comemos

a mesma farinha

o mesmo arroz

a carne

o feijão

Na vida ha história

no amor uma canção

na morte

na sorte

não temos opção

Somos todos iguais

negros ou não

De um ventre saímos

ao ventre da terra regressamos

disso não nos cansamos.

não levamos nada

nem mesmo o que mais amamos

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 17/09/2011
Código do texto: T3224557
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