À um filho viciado...
Diz-me porque me feres tanto
se aos teu sonhos faço festa
se a minha entrega é plena
e pena é só ver-te sofrer...
o que eu não te faria?
Apenas diz-me
Se não é grande assim o meu amor...
De em tudo ter-te
em tudo ser-te
Se não sou que te faço
travesseiros de nuvens
quando não encontras paz
e só em meus braços adormeces?
Acaso não sou eu que adoço
o teu mar lágrimas com
meus risos e meus mimos
Suportando o açoite das tuas marés?
Diz-me tão somente
em que te falto?
Em que te deixo só?
Que minha paga teu desprezo
E quando assim me partes com frieza
Só então me queixo
Pois meu sentimento deixas ao vento
como finíssimo ouro em pó...
Cristhina Rangel.