Fadiga-me a mente a falta de palavras

Eu queria ser poeta e saber bradar

Entre flores – girassóis

Mas só posso chorar entre lençóis

Minha saudade – tão minha!

 

As palavras se perderam

No caminho vermelho

Desse meu olhar

E sem caminho calo-me!

 

Onde está minha calma?

Por onde vagam as palavras?

De certo foram tomadas por meus pesadelos

agora despertos e reais.

 

Ausentaram-se da frieza dessa minha alma

Como magma incandescente precipitada

Ao oceano – jazem como pedras

Não há como depurar tal resfriamento.

 

Deixaram-me todas elas,

À margem desse caminho silencioso

Exaurida eu já não acho

Palavras que me cauterizem.

 

Cristhina Rangel.

 

 

 

 

 

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 16/09/2011
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