SILÊNCIO
que olhos de vinho e saudades
se escondem nesses mansos olvidos
das nuvens de setembro?
que vidrilhos de lisa e furta cor
se estendem nas madeixas da noite
em seus movimentos de entranhas
e estradas sem ausências?
Silêncio, encerrado em melodias
curtas e infinitas, o silêncio escorre
suas águas – no seu oceano
corre o átomo do amor.