POEMA DE PRAXE 2
Não direi que fico feliz
mas, bem,
vê-la triste não é tão mau.
Assim, por um segundo,
refletir sobre o mundo.
ser sempre feliz não é normal.
Nem tudo que há anima
em pese a rotina,
tudo que resta a fazer.
Fazer por quem, pra quê?
por quanto tempo
andar, andar...
O tempo é quebradiço,
poeira no pulmão.
Irrita, faz tossir, faz mal...
E faz bem, o agora,
o prazer de se desfazer,
reinventar-se de felicidade.
E lhe direi por outro lado,
como é triste a felicidade...
pois que o fim.
A última fronteira da busca,
do'nde vê-se angústia
que nos abraça e beija.