P(l)anos quentes
Não existe poesia,
quando não se tem realidade,
sem tristeza e saudade,
sem mentira e verdade
Tenho tantos planos,
quanto estrelas no oceano,
mais forte que minha verdade,
uma correnteza imensa sem direção.
Faço planos,
presos por panos quentes,
e deles me torno parte tal como sou,
às vezes não mais plano que um mundo chato
Mas o mundo não é plano,
o mundo gira, e como gira,
tudo de que ele precisa,
é um pequeno empurrão, para virar novamente.
Quem disse,
que todo plano precisa de uma direção?
se nem tudo que é plano possui rotação,
pois, para mim, tudo gira em torno de "p(l)anos quentes".