O Reverso deste Agora

Olho para o infinito vendo a eternidade,

que faz a curva logo ali.

Neste olhar, eu sei o quê agora vejo

e depois não enxergarei mais

(a volta da curva me impede ver além).

Sou eterno, enquanto existo.

Sou contínuo através das letras

que formam palavras, sentenças e versos.

Se hoje vivo, amanhã renasço em poema,

novo tema.

Serei eterno enquanto houver escrita.

Serei infinito em prosas e versos

Serei o quê serei,

o reverso deste agora.

L.L. Bcena, 21/02/2000

POEMA 385 – CADERNO: LÍRIO AMARELO.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 15/09/2011
Código do texto: T3221017
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