TE QUERO SÓ PRA MIM

Feitos de pedra sonham

Empedrando os colchões

Sinfonia de insônias

Fronhas solitárias dias idos

Andarilhos dos meus sonhos

Os meus versos são sonos não dormidos

Voltam sempre madrugam

Alugam-me sugam-me levam-me

Sou-os e nos suores salgamo-los

Somos as perdas somadas

Os encontros enfileirados

Somos parte da história consumada

Somos almas congeladas

Frias madrugadas cobertor sem sobrenome

Que escorrem derretidas em letras pelo que na carne nos consome

Os passageiros da agonia têm como

Principal ingrediente a pressa como sua

Principal fantasia e como tal por ela morrem

As escolhas são felizes

Quando as fazemos com os corações livres

Fincados na raiz e acima dos morros e das constelações

Não temos asas e sim vibrações...

Nosso momento é um segundo

Perto da eternidade do mundo, escuridões e porões

Chorando-nos sumimos em lavas e nós, pós e vulcões

Que se empedram dentro da gente como caranguejos de mágoas

De todos os signos o câncer é o mais temido

Na lua das constelações

Vivem do exsudato da lama e das águas...

O que lhes falta é o tempo

Se o tempo é anti horário

Sobra no casco do sagitário

O coice dos ponteiros contrários

O tempo volta quando

O tempo vai passando

Desnecessário quando estamos nos amando!