O OTIMISTA

Não construo tempestade

Me aconchego nas primaveras

Me envolvo em quentes quimeras

Nos perfumados jardins da amizade

Não me vejo na desesperança

Não me conheço em tormentos

Apesar dos reveses dos tempos

Serei no finito homem uma eterna criança

Procuro sob a luz me manter

Num viajar leve pela vida

Crendo no sonho a guarida

E no existir a fonte do prazer

E toda essa imensa paz condiz

Com uma imensurável e sã alegria

Com o dom da encantada mania:

A mágica vontade de ser feliz