Diadema, vertentes e cristais quebrados

Alma arrendada dos luxuosos farrapos

Falência de órgãos da realeza

Emoção costurada

Peito rasgado

Derme transpira espinhos

No suor em dor

De cada sentir

Meus passos não deixam pegadas

Perco-me

Sem ter como seguir-me

Não há retorno que compense

O produto do passado

Que me empurra na glória das agruras

E pressiona...

E pressiona...

E não impressiona mais

À rejeição de toda oferenda

predita em lágrimas secas

aos olhos de quem escuta

Me diz:

Evola meus incensos

Aplaca minha sina

Encosta-me ao salão de tuas núpcias

No vértice além de toda liberdade conhecida

Alumia meus rios subterrâneos

Onde resido junto aos imundos

Tenho a vergonha dos anjos

Onde cravo garras de meus sentimentos

Minhas obras

Abalaustradas com o tutano d´alma

Acantonada com o mais puro ouro de minha tolice

Serve ao banquete dos putrefatos em desagrado à tirania

Ouço e calo-me

Esmagado pela alvorada

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 08/07/2005
Código do texto: T32179