Diadema, vertentes e cristais quebrados
Alma arrendada dos luxuosos farrapos
Falência de órgãos da realeza
Emoção costurada
Peito rasgado
Derme transpira espinhos
No suor em dor
De cada sentir
Meus passos não deixam pegadas
Perco-me
Sem ter como seguir-me
Não há retorno que compense
O produto do passado
Que me empurra na glória das agruras
E pressiona...
E pressiona...
E não impressiona mais
À rejeição de toda oferenda
predita em lágrimas secas
aos olhos de quem escuta
Me diz:
Evola meus incensos
Aplaca minha sina
Encosta-me ao salão de tuas núpcias
No vértice além de toda liberdade conhecida
Alumia meus rios subterrâneos
Onde resido junto aos imundos
Tenho a vergonha dos anjos
Onde cravo garras de meus sentimentos
Minhas obras
Abalaustradas com o tutano d´alma
Acantonada com o mais puro ouro de minha tolice
Serve ao banquete dos putrefatos em desagrado à tirania
Ouço e calo-me
Esmagado pela alvorada