Noite Do Sol
Numa Noite que tremia,
Duas vidas,
Dois sentimentos.
Numa verdade fugaz,
Duas dores,
Duas alegrias.
Numa ópera da agonia,
Duas danças,
Duas Ave maria.
Neste dia lascinante,
As vozes do mistério eram amantes,
Cantadas pelo cavaleiro errante.
Todos escutavam sua rebeldia,
A cada passo uma poesia,
Para cada olhar, Um novo dia.
O silêncio, Um eco paralelo da Melancolia,
Extasiavam a perspectiva que já sentia,
Uma perene noite fria.
O povo aplaudia a noite merencória,
No céu os sentimentos se abraçavam,
E a loucura doce iluminava a sala.
A confusão igualitária,
Foi sentida com a supremacia da harmonia,
Que sempre nos pertencia.
O amor tinha nos olhos da poesia,
Mas o cavaleiro o reprimia,
Por medo da rosa manchada que o perseguia.
Logo veio a donzela,
Mais princesa que bela,
Trazendo paz e cores, reconhecido como mazela.
A paixão está bêbada,
Com seu olhar enigmático,
Ela o Convence da morte da tristeza.
A lágrima vem na harmonia,
Todos declaram seu amor,
Ao instante eterno da alegria.