A companhia - sextina

A madrugada faz-me companhia.
É tão serena, calma, pouca luz...
Nenhum barulho, nada, nenhum grilo
Quis atrapalhar essa calma, a paz.
Pela janela só luzes distante...
Até o quero-quero se recolheu...

Pesou o tempo que o Agora recolheu;
Embalou-se em sedas pra companhia.
Acariciou o tempo tão distante
Que a madrugada com tão pouca luz
Quis iluminar pra sempre essa paz;
Não permite nenhum barulho ou grilo...

Permitiu esse silêncio e, procura um grilo...
Talvez porque esse eu se recolheu
Para encontrar o trilho para a paz
Desatar laços, fazer companhia
Inundar madrugada da lua e luz
E ver se aproximar tempo distante...

Ao se aproximar tempo tão distante
Liberta o silêncio e escuta seu grilo
Na madrugada toda que é plena luz;
E reencontrou aquela que se encolheu,
estava bem triste sem companhia,
e pode vivenciar a minha paz...


Só a madrugada clama pela paz
Aproxima a alma dos distantes
Seres de quem queremos companhia
E o silêncio faz turbilhão de grilo
Desculpando-se pois se recolheu
E quer se aquecer na fonte dessa luz.


Precisa dessa calma dessa luz
Busca abrir caminho pra tanta paz
Não pensa mais em quem se recolheu
Vai buscar as estrelas mais distantes
Deixar cantar, gritar todos os grilos
O quero-quero e ter boa companhia.


Madrugada é companhia de luz
Ouvir cada grilo é ouvir a paz;
Busca o caminho que o tempo encolheu.



MVA
Enviado por MVA em 13/09/2011
Reeditado em 13/09/2011
Código do texto: T3216400
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.