Diário Suíço

É verde a cor que vejo espalhada

Nos montes onde brota a alvorada

De um bando de aves que acorda

E, de suave canto, o dia transborda!

No sopro da manhã se sente um frio,

Por vezes calmo, por vezes arredio,

Mas é sempre branda a gente que passa

E traz no seu rosto um sorriso de graça!

Trabalho há para quem assim quiser

E não faz diferença, homem ou mulher,

Pois todos conseguem um bom lugar

E há prazer em se, por aqui, trabalhar!

A mesa na hora da refeição é farta,

Tendo queijo, vinho e quem o pão parta,

O ar se enche com o aroma da alegria

E se apaga o cansaço e a dor alivia!

Todo dia se encerra com alguma história

E alguém fala em pesar ou canta vitória

De tempos já remotos e outras eras,

Onde ancestrais viveram entre as feras!

Divertem-se adultos e também crianças

Com contos que parecem lembranças,

Não vendo a noite chegar de mansinho,

Chamando todos de volta pro ninho!