Trago até o agora
Todas as histórias do tempo.
E as lágrimas de antanho,
Vertidas no momento,
Inundam uma vida inteira...
Flor ou fruto peçonhento:
Jardim ou pomar, deserto,
(A floresta verdadeira)
Perdido, longe ou perto,
Viver é um momento estranho,
Histórias que ora se perdem
No lá fora, no sem tempo...
No que acabou agora
Bem no topo do momento.
 
Trago para o fim
Todos os olhares do começo.
E viajo sempre assim
Na dor que mais padeço...
A vida, essa, não é para mim:
Qualquer felicidade eu não mereço,
No deserto tudo acabar assim
Sem ter por mim qualquer apreço.
Trago aqui dentro de mim
Todas as palavras que esqueço,
Essa poesia jardim ou pomar
(Fruto ou flor fenecida...)
Nesse deserto que não tem fim
Entre sonhar, viver, amar
Escolho o que não tem vida:
Escolho esquecer de mim.
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 12/09/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3214928
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.