O CÂNTICO DE ÍCARO
Minhas asas partiram-se novamente.
Cai do mais alto precipício
E não houve ferimento algum.
Dos belos cânticos, nem a voz estridente
Desafinada. Nem gemidos
Nem flor, nem mundo: mudo!
Juro! Hoje o tempo,
Que me escorre entre os dedos,
Não será impedimento
Quero ser o pássaro maior do medo
O bom contentamento.
E que a queda não seja o fundo:
Observe-me as derrotas presente,
O brilho futuro.