## VIDA INFRENE ##
Vida Infrene
Ah solidão
Que do píncaro me engrandece!
E ao descer ao vasto mundo
... Pouco a pouco me enobrece
Do topo ao pélago
Infinito vão que desconheço
Degraus escorregadios
Negras nuvens entre sóis intensos
Recados loucos de mentes aflitas
Translúcidos e raros sentimentos
Se fazem fantasmas que em mim habitam...
Tropeço nos degraus e deuses me sustentam
Cães terrestres que ladram, que tentam...
Ante o destino que chama
Por entre inferno e paraíso
Sem asas a por os olhos por cima
Eis que insanamente
Tudo isso me fascina
(Taciana Valença)