MEU DITO POPULAR

Não tenho suas mãos a segurar as minhas.

Há tempos eu as perdi. Estou só, desesperada.

Trago o corpo ferido pelas ervas daninhas

Minhas roupas suja, horrível, esfarrapada!

Joguei fora de vez toda a minha vaidade.

Encostei-me na vida, com ela fui seguindo,

Carregando comigo o grande peso da saudade,

Assim aos empurrões eu vou caindo...

Caindo pelas estradas onde todos os sofrimentos

Gemem, misturam-se aos ecos pelo caminho.

Em minha cabeça, horrendos pensamentos...

Alma feia não tem pai, nem tem padrinho.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 11/09/2011
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