MEU DITO POPULAR
Não tenho suas mãos a segurar as minhas.
Há tempos eu as perdi. Estou só, desesperada.
Trago o corpo ferido pelas ervas daninhas
Minhas roupas suja, horrível, esfarrapada!
Joguei fora de vez toda a minha vaidade.
Encostei-me na vida, com ela fui seguindo,
Carregando comigo o grande peso da saudade,
Assim aos empurrões eu vou caindo...
Caindo pelas estradas onde todos os sofrimentos
Gemem, misturam-se aos ecos pelo caminho.
Em minha cabeça, horrendos pensamentos...
Alma feia não tem pai, nem tem padrinho.
DIONÉA FRAGOSO