Querendo eu posso ir além... (Sextina 001)

Querendo, eu posso ir além

Das palavras e dos gestos sem raiz

Para erguer, entre o espaço, a madrugada

E erigir, entre os sorrisos, a esperança

Dos anónimos que, vão peregrinando,

Para obter misericórdia e paz infinda.

A crueza crescente torna infinda

A caminhada daqueles que vão além

E em desespero se dão, peregrinando,

Sem descobrir compreensão, cuja raiz,

É a garra que sustém toda a esperança

Que os leva, quase voando, à madrugada.

E, mesmo quando a noite cai, a madrugada

É que os impele a obter a luz infinda

Que trás no bojo o rumo da esperança

Com que escalam montanhas e, mais além,

Subindo e descendo, descobrem a raiz

Da força que faz que vivam peregrinando.

Podem vir os medos… Seguem peregrinando!

O alvor da aurora anuncia a madrugada!

E as sombras nascem das copas, cuja raiz

Sustenta o tronco e a ousadia, quase infinda,

Reganhando a batalha, fá-los ir muito além

Em busca do sonho, encharcados de esperança.

Nada é impossível! Uma réstia de esperança

É quanto basta a quem segue peregrinando!

Quedar-se não é resposta… Ir sempre mais além

É um chamamento que desperta na madrugada

E o querer é um poder, uma força infinda,

A germinar do profundo de cada um, como raiz.

À margem, nas bermas, lançando a raiz,

Semeiam o alvor de novos dias, a esperança,

Que desperta do adormecimento e assim, infinda,

Realiza a eternidade a quem, peregrinando,

Descobre o sol da vida em cada madrugada

E em cada estrela cadente vê a luz do além!

Ah desafio do além, onde suporto minha raiz!

Alcançarei uma nova madrugada de fé e de esperança

Ou seguirei só, peregrinando, na noite infinda?

Em 28.Ago.2011, pelas 09h00

PC