Resgate

Resgantando meu eu que outrora se perdera nas entrelinhas de uma outra existência, na vida de outra vida.

Resgatando o gostar de mim mesmo, encontrei-me em meus versos, minhas coisas, meus alfarrabos.

Resgatando minha alegria expulsa pela depressividade de um amor não correspondido, um sentimento impossível de se perceber retorno.

E então me levanto na minha dignidade e digo: Basta!

Rasgo as fotos, simbolo de algo que não vingou.

Recolho as garrafas de vodca e os livros de Poe.

Me animo em sair, ver o mar, o céu e o sol.

Volto e revolto e sinto a liberdade batendo vindo de encontro a mim.

Diálogo interno, comigo mesmo, lei da sobrevivência de uma vivência escrava e egóica que se passou.

Retorno pra casa, pego na pena e esvrevo minha própria lei, assino e decreto minha liberdade.

Paoloalmada
Enviado por Paoloalmada em 11/09/2011
Código do texto: T3213189