SUBVERSÃO
Julgam minha sensatez,
Pela fumaça que exalo
"não jogue seu problemas,
não fuja no cigarro"
não é nada disso que pensam.
Julgam minha frieza
E daí? Querem o que de mim?
Que eu me torne um anjo, tão vazio
quanto aquela garrafa
que bebeste
Julgam meu corpo. e o que sou,
como ajo e o que visto
mas nunca entendem que
não sou o que querem, desistam!
Dispo-me de vocês na penumbra.
Julgam minha boca, e o que falo.
Falo o que penso, não me desgasto.
Reclamam dos palavrões e do cigarro
Desgraça! Deixem-me!
Me libertarei de vocês, amargos!
(Saiu do forno agora)