Indefinida

Finge ser boa menina

e é ela sem o ser

mesmo se pensa

que é quem é

a bruxa da branca de neve.

Esconde os decote com as mãos,

o desejo no brilho do olhar

e os lábios entreabertos

perdem-se na voz suave.

Segue assim indefinidamente

sendo o que não é

sem saber o que é.

LUCILA GRACINDA
Enviado por LUCILA GRACINDA em 09/09/2011
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