Posso ser o que eu quiser

Em versos imaginários, sigo sem destino,
Outra pessoa me ocupa, meras personagens,
Exóticas, fantásticas ou figuras enigmáticas,
Que me permitem viver o que eu quiser.

Visto-me de seda, danço ao vento,
Na magia me transformo totalmente,
Nas verdades que incorporo no momento,
Como se naquele novo ser eu fosse real.


Dou asas ao pensamento, crio e recrio,
Gotas de orvalho passam serem cristais,
Brilham a luz do sol, também ilusório,
E não há dúvida enfeitam meu querer.

Fecho os olhos, num instante me ausento,
Vejo-me a navegar num lindo mar azul,
Mas em segundo me desperto num jardim,
Em meio a canteiros de rosas a me encantar.

Faço das lágrimas sorriso, solto gargalhada,
E da face sombria uma pintura engraçada,
Mascaro o peso da vida na arte de divertir,
E na diversidade torno-me palhaço da vida.

Revestida de esperança, crio meu destino,
Enfeito-me de boa vontade e convicção,
Determino felicidades a todas as manhãs,
E nas tardes procuro rejeitar as tristezas.

De sorte que posso ser o que eu quiser.





Tete Crispim
Enviado por Tete Crispim em 07/09/2011
Reeditado em 15/11/2011
Código do texto: T3206895
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