DIA DA INDEPENDÊNCIA
NO DIA DA INDEPENDÊNCIA
Era meia-noite em ponto,
A lua cheia no alto,
Até parece um conto,
Da rede me ergui num salto.
Bem tranqüila balançava,
Na varanda ao luar,
Com um lençol me abrigava
Da forte aragem do mar.
Em Recife eu morava,
Quando tudo aconteceu.
Coisa que nunca esperava,
Pois foi mais forte que eu.
Um lápis peguei de pronto,
A borracha e um caderno,
Com a Poesia me confronto,
Bem no fim daquele Inverno.
Sem sequer me preparar,
Escrevia com esmero,
Tantos versos a rimar,
Sem o menor exagero.
Era Sete de Setembro,
O Dia da Independência.
E disto sempre me lembro,
A Deus, bato continência!