DIA DA INDEPENDÊNCIA

NO DIA DA INDEPENDÊNCIA

Era meia-noite em ponto,

A lua cheia no alto,

Até parece um conto,

Da rede me ergui num salto.

Bem tranqüila balançava,

Na varanda ao luar,

Com um lençol me abrigava

Da forte aragem do mar.

Em Recife eu morava,

Quando tudo aconteceu.

Coisa que nunca esperava,

Pois foi mais forte que eu.

Um lápis peguei de pronto,

A borracha e um caderno,

Com a Poesia me confronto,

Bem no fim daquele Inverno.

Sem sequer me preparar,

Escrevia com esmero,

Tantos versos a rimar,

Sem o menor exagero.

Era Sete de Setembro,

O Dia da Independência.

E disto sempre me lembro,

A Deus, bato continência!

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 07/09/2011
Código do texto: T3205129
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