MAL DE ALZHEIMER
A mente embaraçada
As vagas e raras lembranças
Vêm e vão como um sopro... fugaz.
O fio tênue de ligação com a realidade,
Apagando-se a cada dia, é quase inexistente.
Tudo parece estranho, ameaçador,
O medo impera e aciona o instinto de defesa,
O isolamento e a agressividade são inevitáveis.
E assim a vida se esvai na escuridão da incerteza,
Que tristeza! Até o dia do descanso final.
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(Uma velha amiga da nossa família sofre do Mal de Alzheimer. Fiquei deprimida ao visitá-la. Era uma mulher forte, alegre, bem disposta. Agora está definhando na confusão mental que a leva para lugares obscuros, desconhecidos. É muito triste...)