A Antiga Central

O solo se irregula na terra de retângulos,

Cada geométrico cravado parece devorar

Seus vizinhos lentamente.

Suas faces, manchadas de substantivos,

Parecem gritar em múltiplas personalidades.

O contexto atenua o teor paradoxal do verde-cinza.

Colméias bloqueiam a luz, envoltas por

Abelhas que não voam.

Insetos rotulados, enumerados, capengando

Enrolados como cigarros a queimar.

Parem-se mancos – Reparem como andam!

E zumbem, e zumbem, e zumbem

Tentando voar com suas azzzas aleijadas,

Feitas em frangalhos de forma tão precoce,

Antes mesmo de suas próprias gêneses.

Algumas vestem-se em panos, exclamando superioridade

Em seu ócio burlesco. Outras, em seus trapos, maltrapilhos

E maltratados, perseguem falsos profetas.

Os admiram em seu sistema nervoso de engrenagens enferrujadas

E circuitos queimados.

- Oh, insetos aleijados de tantos olhos, que função eles tem?

- Porque entregaram suas línguas, integraram as massas fúngicas,

E continuam a zumbir tendenciosamente?

- Oh, insetos caídos, porque abandonaram o céu e se rastejam

Como minhocas que não são?

Ironic
Enviado por Ironic em 06/09/2011
Código do texto: T3204682
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