AQUELES OLHOS

E aqueles olhos por onde andam?

Se deles precisavam e ansiavam

tanto quanto do ar que meus ais suspiravam.

Será que eles não percebiam

nas sofisticadas noites de luar

que estes olhos meus existiam

e nos delírios silenciosos do amar

na mais pura e singela contemplação sofriam...

Ah! Aqueles lindos olhos!

Que somente com um brilho extinguiam

minhas vontades e minhas verdades

como um castelo de cartas, ruíam.

Mas eram os olhos de um menino

que de tão grande amor pelos teus sofriam!

E assim foram-se os dias seguindo

o menino fantasiou-se de velho...

E vieram as noites frias e Invernos solitários.

Mas estes olhos ainda cintilam

como nos primórdios ao lembrar,

que se aqueles olhos existiam

eram para tu’alma iluminar!

Luis Carlos Mordegane

MORDEGANE
Enviado por MORDEGANE em 07/07/2005
Código do texto: T32020