AQUELES OLHOS
E aqueles olhos por onde andam?
Se deles precisavam e ansiavam
tanto quanto do ar que meus ais suspiravam.
Será que eles não percebiam
nas sofisticadas noites de luar
que estes olhos meus existiam
e nos delírios silenciosos do amar
na mais pura e singela contemplação sofriam...
Ah! Aqueles lindos olhos!
Que somente com um brilho extinguiam
minhas vontades e minhas verdades
como um castelo de cartas, ruíam.
Mas eram os olhos de um menino
que de tão grande amor pelos teus sofriam!
E assim foram-se os dias seguindo
o menino fantasiou-se de velho...
E vieram as noites frias e Invernos solitários.
Mas estes olhos ainda cintilam
como nos primórdios ao lembrar,
que se aqueles olhos existiam
eram para tu’alma iluminar!
Luis Carlos Mordegane