Os espíritos
Caminham pelas ruas soturnas os espíritos
Esperançosos e fluidos seres em conflito
Lamentam a escuridão, a separação do calor do sol
Não sentem os aromas de antiga sorte
Cegos das cores, recordam-se do arco-íris
Surdez e mutismo é o que lhes resta da matéria após o corte
Na pele transparente, eterniza-se o insuportável gelo da morte
Andam sem ter pés por sobre os pecados,
Integrantes de infindável coorte