Os espíritos

Caminham pelas ruas soturnas os espíritos

Esperançosos e fluidos seres em conflito

Lamentam a escuridão, a separação do calor do sol

Não sentem os aromas de antiga sorte

Cegos das cores, recordam-se do arco-íris

Surdez e mutismo é o que lhes resta da matéria após o corte

Na pele transparente, eterniza-se o insuportável gelo da morte

Andam sem ter pés por sobre os pecados,

Integrantes de infindável coorte

taniameneses
Enviado por taniameneses em 05/09/2011
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