Portugal em Chamas

Aos amigos e literatos escritores portugueses-e aos brasileiros que também amam o País irmão...

Lágrimas de chamas, azuis e alaranjadas,

são lançadas e laçadas

pelo vento em acalanto...

No chão, o vermelho e o carmim crepitam.

O negro da matéria calcinada, forma lutos...

Uma triste canção de ninar,

embala A Terra dos Navegantes,

a que ousou singrar os mares...

As águas se inquietam e emitem sons de solidariedade...

Descem as musas do Olímpio

e vêm distrair homesm mulheres e crianças, do luto...

Sei que após a queimada, a terra oferece

uma insuspeita messe...

flores e verdes, em breve, hão de se oferecer

em dádiva e conforto...

frutos e bagas háo de chegar mais cedo,

e os grãos, serão ofertas de generosidade...

Sei que qual a phoenix mitológica,

desse calor sacrificial,

o renascimento será um grandíssimo milagre...

Mas como dói

o agora,

o arder em inclementes chamas...

A força telúrica virá em rojões,

do centro da terra-mãe...

A forças celestes virão do Alto

e os Anjos descerão...

Nesse momento , desejo apenas

que uma zona de conforto se estenda

para os desabrigados

descansarem e poderem esperar

a chuva de água, a chuva de Paz, a chuva da esperança...

(BH,Mg,Br,06/08/2003)