Penso coisas, muitas coisas...

Penso coisas,

Muitas coisas...

Eu não sei o que fazer.

Fugir?

Quero fugir.

Até quando?

Sombras me envolvem,

Prometo não prometer nunca mais,

(mais nada).

Por quê foi que você me falou.

Tudo mal... eu sei, não foi você...

Quem falou?

Se a voz que ouço me cala,

Corto hoje minha fala,

Explodo em abraços aos meus irmãos.

Não choro por você

Nem ao menos uma (inútil e fútil) vez.

Quem vai me dar a certeza?

Te odeio. Te odeio.

Por quê foi que você mentiu...?

Penso coisas,

Elas se multiplicam como micróbios,

Infectam meu corpo,

Estou podre desses micróbios...

Mas por quê você mentiu...?

A noite ainda é muito longa,

Não quero ter que encarar você

(de novo, não!),

Mas quero...

Acho que tudo não passa

Jamais

De farsa e de máscara,

E massacre, e cordas, e pescoços...

Será que você consegue dormir?

Eu durmo, hoje, tranquila,

Só desperdiço meu tempo com poemas,

Feitos por sua culpa,

Mas jamais pra você.

Nunca queria ter voltado,

Eu nunca voltei,

Tudo acabou naquele dia,

Naquele maldito meio-dia,

(que os girassóis murchem pra sempre).

E só você não admitiu ainda;

Por quê?

Deixa-me em paz... (?)

Quem foi que inventou essa raiva?

Não vou perder meu sono,

Vou terminar minhas poesias,

Hoje estou muito feliz,

Hoje é o dia mais feliz...

O mais...