No fim do túnel...a verdade.

Eu não sou de amores,

Tenho poucas cores,

Carrego feridas,

Algumas incompreendidas,

Tantas despedidas,

Muitos erros,

Estreitas lembranças.

Na minha história

Não há castelo,

Não há cristais,

Sou saudade

Sou penumbra,

Pouca vaidade,

Sem celebração, sem festivais.

Não sou de sonho,

Não tenho nuvem.

Sou de pura carne, muito sangue.

Se sou tão real,

Pergunto-me por que os outros jardins

Têm flores tão perfumadas,

Viçosas pétalas, sol e seiva.

E no final do túnel tem uma luz.

E ela me diz que eu sou igual.

Sempre fui a mesma.

Desde o início da escuridão.