O vulto.

 

Quem dera do amor eu tivesse bebido

sem que restasse uma única gota,

mas meu coração é cálice seco e vazio

derrubado sobre a mesa das minhas

frustrações entre as minhas fantasias

 

O amor que não bebi, nem senti o buque

É avinagrado em minha garganta

O gosto imaginário que me encerra

A esperança de encontrá-lo

Num dia calma - um dia manso

 

Sou porém fria,

Perspicaz como marujo - ao mar perdido,

Com velas abertas sem vento

Agarrado ao vulto de alguém que ama...

Em atormentada espera.

 

Cristhina.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 02/09/2011
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