O vulto.
Quem dera do amor eu tivesse bebido
sem que restasse uma única gota,
mas meu coração é cálice seco e vazio
derrubado sobre a mesa das minhas
frustrações entre as minhas fantasias
O amor que não bebi, nem senti o buque
É avinagrado em minha garganta
O gosto imaginário que me encerra
A esperança de encontrá-lo
Num dia calma - um dia manso
Sou porém fria,
Perspicaz como marujo - ao mar perdido,
Com velas abertas sem vento
Agarrado ao vulto de alguém que ama...
Em atormentada espera.
Cristhina.