Dançante
Faceira, dançante, carrega peneira e joga o milho pra cima e some com o pó da poeira.
Sem eira nem beira ela desce a ledeira, cantando e dançando em pleno dia de los muertos.
Turbante vermelho e argolas e não é carola, amiga da rua, e anda quase nua, bailando em passos de samba de salão.
Ah, que doçura é essa menina, quão cheia de candura, que fina cintura, ela é toda lua, bem cheia e linda, a que todos querem admirar.
Seu olhar é cristal, é vela de festa, é banda que banda de beira, da festa é a herdeira, maluca da cuca, doida de amor.
Beijinho, cocada, pé-de-moleque, ela leva na cesta, doce e cofete, pura alegria por onde passar...