Minha poesia corre risco de morte
zombando de uma vida que nunca lhe pertenceu.

Por isso escrevo, sempre pensando ser a última gota,
e detalho,
o espanto é que une os versos.
Costurando com linha de lágrimas,
confecciono retalho.


Gasto horas numa costura desnecessária,
diária ilusão de quem ainda vive um poema
que ainda não foi criado...

E me embriaga
alucinando a imaginação
na escuridão desse dia
que já nasceu tão lavado...


















OLHOS RADIANTES
Enviado por OLHOS RADIANTES em 31/08/2011
Reeditado em 06/09/2011
Código do texto: T3192284
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