VIREI ATEU
CASA FANTASMA
Casa fantasma,
Flutuante na penumbra do passado...
Às vezes me vem à asma,
Outras vezes o carinho,
Muitas vezes ainda pequenininho,
O aconchego de sonho dourado...
Casa fantasma,
Flutua-se na luz do presente...
Viva como nunca se viveu,
Atrás de Deus virei ateu,
Pensamento insolente,
Nas minhas penúrias se fez ausente...
.
Casa fantasma,
Voa-se por entre as nuvens nimbus...
A garoa torna-se temporal.
Cadê a família,
O lar...
Desaba-se junto com o velho muro.
Volta-se então a bonança,
Vem com ela à última esperança,
Reluzindo de púrpura o meu futuro...
Goiânia, 31 de AGOSTO de 2011.