Sobre um só anoitecer...

Oh, humano ser,

Como imagina-te ser,

Humano?

Preso entre algumas poucas

Dezenas de anos,

E o que fazes?

Fazes poesia...

Com poesia fazes o

Ser

Anoitece, vejo pela janela

E aqueles últimos raios de sol

Brilham sobre as pessoas que

Vão sem se dar conta de que

São pó, poeira das estrelas

Alguns já falaram...

“Tolices”, diz-me meu lado fantasioso,

Aquele que me faz me afogar em risos

E em beber e em tragar a alegria

Fumar e baforar a esperança

Que se esvai...

Cada dia que passa...

E o relógio conta as horas,

Horas-dias-horas-passam

Horas-dias-horas-passam

Num vaguevaguear de um pêndulo

Hoje inexistente...(relógios modernos)

E o mesmo anoitecer sobre

As mesmas pessoas....

Laanardi
Enviado por Laanardi em 30/08/2011
Reeditado em 13/07/2018
Código do texto: T3191549
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