TÃO POUCO (SENSUAL)
estou à beira de ti.
Ardem no meu olhar
os sonhos que não vi.
aos dedos que tremem só de aflorar
o que da carne é já incorruptível saber
o relâmpago surdo do meu corpo,
Que é fogo no teu fogo...e me contorço.
No entanto, e nós, em verdade, que podemos dizer?
Eu digo do amor não mais que a sombra,
mas o teu rosto nem a luz pode conter.
Revelando as esferas rubras do desejo
A fenda que umedece, se abre,
recebe o falo ereto que penetra, arremete,
se inunda de louco prazer...
Minha voz num sussurro,
tenta eliminar seu cansaço...
E minha fronte no teu colo pousa,
serena, em descaso...
Minhas mãos,
Qual plumas,
passeiam ávidas pelo teu corpo...
Minha boca te acaricia
e no mais profundo
do teu ser...
para amparar teu gozo.
Sempre e mais, nos debatemos
nesse desejo louco,
que cresce, entumece, alaga e
despe nossas almas
e nos faz feliz, por ora...
Com tão pouco!