TÃO POUCO (SENSUAL)

estou à beira de ti.

Ardem no meu olhar

os sonhos que não vi.

aos dedos que tremem só de aflorar

o que da carne é já incorruptível saber

o relâmpago surdo do meu corpo,

Que é fogo no teu fogo...e me contorço.

No entanto, e nós, em verdade, que podemos dizer?

Eu digo do amor não mais que a sombra,

mas o teu rosto nem a luz pode conter.

Revelando as esferas rubras do desejo

A fenda que umedece, se abre,

recebe o falo ereto que penetra, arremete,

se inunda de louco prazer...

Minha voz num sussurro,

tenta eliminar seu cansaço...

E minha fronte no teu colo pousa,

serena, em descaso...

Minhas mãos,

Qual plumas,

passeiam ávidas pelo teu corpo...

Minha boca te acaricia

e no mais profundo

do teu ser...

para amparar teu gozo.

Sempre e mais, nos debatemos

nesse desejo louco,

que cresce, entumece, alaga e

despe nossas almas

e nos faz feliz, por ora...

Com tão pouco!

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 30/08/2011
Código do texto: T3190651
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