NÃO TEM UM DIA
O ato de escrever
e calar
diante do barulho
que apenas deixa surdo.
O excesso de gritos
para que escutem o pranto
contido nas crônicas
de dor e incompreensão.
O ato de cantar
e esconder
atrás do microfone
e do violão que desafina.
Não precisa entender
se não passa de encanto
os olhos,
as palavras
que seduzem outras palavras.
Foi apenas um sonho que não se resolveu
dentro de segredos alheios.