CHEIRO DE ESTERCO
O cheiro do estrume,
Das vacas pastando no campo,
Pra minha alma é um alento
Para o meu corpo, um encanto.
Quando vejo, no campo, a lida
Minha memória se solta feliz
Tenho logo lembranças queridas
De coisas que eu nunca fiz.
Como ter lembranças felizes,
Campeiras e do canto do colibri?
Como posso lembrar esta vida
Se eu nunca vivi ali?
São tão reais as imagens
E alegria é tão sincera,
Me parece até uma viagem
Que faço para outra era!
Minha alma se enche de júbilo
Pulsa alegre meu coração.
Será que foi outra vida
De uma feliz encarnação?