CINZAS DO POETA

A vida tornou-se maçante.

Os sonhos não aconteceram.

O coração desistiu do amor.

Os últimos sentimentos

Escorreram pela alma

Imitando o desaguar

Das últimas lagrimas,

Minhas cinzas desenganadas,

Foram jogadas ao vento

E o pranto rendeu-se ao mar.

A canção fora interrompida.

Fez-se enfim, o silêncio fúnebre,

Subtraindo a voz do poeta;

Abandonando a massa flácida

E libertando a cansada aura.

Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 07/07/2005
Código do texto: T31868