À Poesia

Poesia, por que insisto em usar-te
Para falar de amor, das sensações
Inusitadas, das emoções inesperadas,
Das verdades e das incertezas vividas?

A dor não me leva ao exaspero
Das lágrimas, o medo a mesma
Proporção do sentimento
Que causa frisson à desesperança.

Fosse eu feito de ferro, tu, poesia,
Não seria minha válvula de escape,
Refugio das minhas horas amargas
Que das abelhas suga o mel.

Fosse à verdade da inverdade
Em ti, poesia, eu não depositaria
Minha fé, não buscaria saciar
A sede de justiça neste planeta tão injusto.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 28/08/2011
Código do texto: T3186304
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