“... a luta é a mãe, rainha e princípio de todas as coisas...”
(Heráclito de Éfeso – 540 – 480 aC)
O Homem contra ele mesmo, nunca foi uma guerra a esmo,
Ao contrário, sempre foi a única guerra que se fez necessário.
Nascido na total ignorância, está fadado à culminância.
As lutas contra o perigo exterior , um constante temor;
A guerra no seu mundo íntimo, não cessa um átimo.
O maior dos sofrimentos foge a qualquer tipo de entendimento:
O falecimento seja o seu ou o de um seu rebento - só tormento.
Essa é a hora que o homem chora, implora, deplora – a pior hora;
Nesse instante, o homem percebe quanto a vida é impermanente.
Assustado, corpo cansado, ergue as vistas para além dos seus prados,
Ante a visão estupenda do Universo, a morte figura-se como o reverso.
No imo de sua alma, uma voz fala do infinito, da eternidade – se acalma,
Uma espontânea alegria, a dor alivia. Indaga: mas tudo isso, quem cria?
Já não se conforma que o fim seja a norma, então, pesquisa, se informa;
Tudo em suma, leva a crer num Poder Criador Sumo, de tudo, o rumo.
Maravilhado ante a grandeza da Natureza , à noite, vê o céu: que beleza!
Tudo expressão da perfeição, criado para a destruição ? Impossível. Não.
Percebe, encantado, que ao ser criado, algo mais lhe foi dado: o reinado
Sobre toda a Natureza. Entende a grande responsabilidade de tal realeza.
A cada dia sua sensibilidade crescia, toda brutalidade muito lhe aborrecia,
O gérmen da arte, da poesia nascia. Sentimento controverso o perseguia
Emoções boas e más (uma luta que até hoje se faz) tiravam lhe toda a paz.
Observando, o homem, que fazia progresso, que nunca havia retrocesso,
Compreendeu que, da Vida, a evolução é seguro processo: belo sucesso!
Quem duvida, quer compreender a Vida. Após cada dúvida esclarecida,
A Verdade sacia-lhe a curiosidade. Mas o véu do mistério: eternidade!
O homem compreende que uma vida tão curta, nenhuma solução surta
Na sua sede de conhecimento, que aumenta dia a dia, a cada momento.
Então, sua razão entende: o Pai da Criação não cria para a só destruição.
Claro, não há outra explicação, rumo a eternidade, seu Fado: a perfeição...
Porém, precisa ser o artífice de sua própria evolução: do Pai, a condição!
Eis que, assim, a humanidade encontra-se com Deus em sua intimidade,
Como se vê, nada a ver com fé cega. Com a razão o homem se apega...
O desejo da verdade, mais cedo ou mais tarde, arrranca o véu que cega.
(Heráclito de Éfeso – 540 – 480 aC)
O Homem contra ele mesmo, nunca foi uma guerra a esmo,
Ao contrário, sempre foi a única guerra que se fez necessário.
Nascido na total ignorância, está fadado à culminância.
As lutas contra o perigo exterior , um constante temor;
A guerra no seu mundo íntimo, não cessa um átimo.
O maior dos sofrimentos foge a qualquer tipo de entendimento:
O falecimento seja o seu ou o de um seu rebento - só tormento.
Essa é a hora que o homem chora, implora, deplora – a pior hora;
Nesse instante, o homem percebe quanto a vida é impermanente.
Assustado, corpo cansado, ergue as vistas para além dos seus prados,
Ante a visão estupenda do Universo, a morte figura-se como o reverso.
No imo de sua alma, uma voz fala do infinito, da eternidade – se acalma,
Uma espontânea alegria, a dor alivia. Indaga: mas tudo isso, quem cria?
Já não se conforma que o fim seja a norma, então, pesquisa, se informa;
Tudo em suma, leva a crer num Poder Criador Sumo, de tudo, o rumo.
Maravilhado ante a grandeza da Natureza , à noite, vê o céu: que beleza!
Tudo expressão da perfeição, criado para a destruição ? Impossível. Não.
Percebe, encantado, que ao ser criado, algo mais lhe foi dado: o reinado
Sobre toda a Natureza. Entende a grande responsabilidade de tal realeza.
A cada dia sua sensibilidade crescia, toda brutalidade muito lhe aborrecia,
O gérmen da arte, da poesia nascia. Sentimento controverso o perseguia
Emoções boas e más (uma luta que até hoje se faz) tiravam lhe toda a paz.
Observando, o homem, que fazia progresso, que nunca havia retrocesso,
Compreendeu que, da Vida, a evolução é seguro processo: belo sucesso!
Quem duvida, quer compreender a Vida. Após cada dúvida esclarecida,
A Verdade sacia-lhe a curiosidade. Mas o véu do mistério: eternidade!
O homem compreende que uma vida tão curta, nenhuma solução surta
Na sua sede de conhecimento, que aumenta dia a dia, a cada momento.
Então, sua razão entende: o Pai da Criação não cria para a só destruição.
Claro, não há outra explicação, rumo a eternidade, seu Fado: a perfeição...
Porém, precisa ser o artífice de sua própria evolução: do Pai, a condição!
Eis que, assim, a humanidade encontra-se com Deus em sua intimidade,
Como se vê, nada a ver com fé cega. Com a razão o homem se apega...
O desejo da verdade, mais cedo ou mais tarde, arrranca o véu que cega.