" DIVAGAÇÕES "
DIVAGAÇÕES
Queria te falar o tanto que eu não disse
divagar no mar
sem medo das procelas
entender a vida como ela é...
Expressar-me, sem qualquer receio
sem âncora, sem compromisso,
poupar o próprio tempo dos disfarces,
fazer o bate-pronto que a idade me concede;
dizer o que se pensa: Libertar guardados!
Queria falar do tanto que eu não disse
divagar sem pouso
até o último momento...
“Bung jumpp” de atrevimento
de piruetas e parafusos...
Preciso falar, antes de tudo...
Antes que o tempo acabe com a esperança...
Preciso cortar horas de te amar
para te guardar das ânsias dos minutos
que apagam, aos poucos, a beleza intimista!
Queria te falar do tanto que eu não disse
(Quem sabe, consiga um dia...)
Para que me veja inteiro,
sem medo da performance! Talvez, quem sabe, em outro tempo,
em uma outra época,
onde o silêncio seja o leito dos olhos
e a linguagem chispe em luzes meteóricas
por todo o universo, que se refaz em delicadezas:
quem sabe...! Quem sabe...!
Em 28/05/2004
Ronaldo Trigueiros Lima